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Programas de computador detectam doenças genéticas em bebês em dois dias
Sftwares usados em conjunto com sequenciador genético de alta velocidade permite diagnosticar doenças em menos de 50 horas
Médicos dos EUA desenvolveram um teste capaz de diagnosticar doenças genéticas em bebês em dois dias, ao invés de semanas.
A equipe do Children's Mercy Hospital utilizou um novo método para sequenciar o código genético inteiro de quatro recém-nascidos gravemente doentes e identificou doenças genéticas em três deles em apenas 50 horas.
O sequenciamento genético envolve a análise de 3,2 bilhões de "bases" ou "letras" químicas que compõem o código genético humano.
Muitas vezes, os recém-nascidos morrem de doenças genéticas antes que os médicos sequer descubram o que eles tinham. Agora, os cientistas, liderados por Stephen Kingsmore descobriram uma maneira de decodificar o DNA desses bebês em um período significativamente menor.
O estudo testou dois softwares desenvolvidos pelos pesquisadores que foram usados em conjunto com um sequenciador genético de alta velocidade, que permite sequenciar um genoma inteiro em cerca de 25 horas.
A nova geração de máquinas de sequenciamento de genes reduziu o custo do sequenciamento do genoma inteiro, mas fazer uso prático dos dados tem sido mais difícil, principalmente por causa do tempo que leva para analisar todos eles.
Normalmente, os testes genéticos em recém-nascidos usando métodos convencionais levam de quatro a seis semanas, tempo suficiente para que a criança tenha morrido ou receba alta.
Os novos softwares ajudam os médicos a identificar quais genes devem ser testados e analisar os dados rapidamente.
Um desses softwares, chamado SSAGA, permite aos médicos encomendar o teste genético com base nos sintomas da criança, sem ter que saber de antemão quais genes devem ser testados.
O programa mapeia apenas os genes associados com os sintomas da criança. SSAGA faz isso para quase 600 doenças, mas a equipe está se expandindo isso para incluir todos os 3.500 genes de doenças conhecidas.
A equipe desenvolveu um programa chamado Runes que ajuda a determinar quais genes suspeitos são mais prováveis de serem as causas das doenças nas crianças.
No estudo, a equipe testou o sistema em quatro bebês gravemente doentes cujas condições eram suspeitas de ter causa genética. Um dos meninos foi diagnosticado com um defeito cardíaco que a equipe descobriu ser compartilhada por seu irmão de seis anos de idade. A criança passou por uma cirurgia de coração e sobreviveu. Enquanto dois dos outros três bebês foram diagnosticados com doenças genéticas raras, que, infelizmente, todos faleceram.
Segundo a pesquisadora Carol Saunders, que ajudou a interpretar os resultados do estudo, a pesquisa pode fornecer aos pais mais informações sobre a causa da doença de seu filho e permitir-lhes tomar decisões sobre que tipos de tratamentos eles querem seguir.
O próximo passo é ampliar o teste para incluir 100 ou mais bebês para determinar os benefícios, custos e possíveis problemas relacionados com o exame.
Fonte: R7 Notícias
Postado por: Gracielle Torres
Jovem dos EUA usa a internet para achar "hiperpoliglotas"
Autodidata, Timothy Doner, 16, fala fluentemente mais de 18 idiomas
Nova York. Algumas pessoas acabam aprendendo um pouco de espanhol por terem algum parente que fala a língua, ou um pouco de inglês por causa dos filmes e das músicas a que somos expostos diariamente. Timothy Doner, 16, não é como essas pessoas.
No fim de 2009, depois de estudar para seu bar mitzvah - cerimônia judaica em que o jovem é oficialmente inserido na sociedade -, ele decidiu aprender hebraico moderno. Ele continuou estudando com seu professor e, em pouco tempo, conseguia sustentar longos diálogos sobre política em Israel. Depois, ele se sentiu atraído a aprender árabe e, terminada a sétima série do ensino fundamental, frequentou um curso de férias para alunos universitários da Brigham Young University. Ele conta que demorou quatro dias para aprender o alfabeto árabe e uma semana para conseguir ler fluentemente.
Em seguida, Timothy mergulhou no russo, no italiano, no persa, no swahili, no indonésio e no hindi. Dominou com a mesma facilidade idiomas complexos como o holandês, o croata, o turco e o alemão e ainda debruçou-se sobre outros menos conhecidos, como o ojibwe, o pashto, o hausa, o curdo e o yiddish.
Aprendeu sozinho a maior parte das gramáticas de cada língua, estudando em livros ou em aplicativos de seu iPhone. Além de tudo isso, teve estudos mais formais de francês, latim e mandarim na Escola Dalton, em Nova York, onde ele cursa o segundo ano do ensino médio.
Há cerca de um ano, o adolescente postou na internet um vídeo dele falando árabe, com legendas em inglês. Ele recebeu algumas respostas entusiasmadas, o que o fez postar vídeos em outras línguas.
A cada nova publicação, ele foi visto por mais gente, até ter mais de 10 mil visualizações em apenas dois dias, quando postou um vídeo seu falando o idoma afegão pashto, em dezembro do ano passado.
De repente, Timothy tinha pessoas com quem podia conversar em todos os idiomas que falava. Não eram somente falantes nativos de cada língua, mas também outros amantes de idiomas como ele - uma pequena comunidade de "nerds linguísticos" que só foi possível ser formada por meio da internet.
Tribo neural. O linguista Michael Erard descreve esses autodidatas como uma "tribo neural" que se junta não por uma língua em comum, mas justamente por uma "promiscuidade linguística". Como a dominância do inglês tornou possível navegar mais pelo mundo com somente uma língua, esses hiperpoliglotas - pessoas que falam diversas línguas - não estão mais isolados em sua paixão por aprender uma dúzia de idiomas ou mais.
Timothy se inspirou no hiperpoliglota inglês Richard Simcott, que fala 16 línguas sucessivamente em um vídeo que postou na internet. Ele também entrou em contato com o norte-americano Moses McCormick, pertencente à mesma tribo. "Quando Moses me enviou um e-mail, eu achei a coisa mais legal do mundo! Esse cara fala 50 línguas em seu vídeo. Foi como falar com uma celebridade", comemora.
Já McCormick reporta que a resposta mais comum que recebia dos seus conhecidos que não pertenciam à tribo era a incompreensão. "Tantas pessoas me dizem que sou louco", lamenta.
Fonte: Jornal OTempo
Postado por: Gracielle Torres
Homem é preso por suspeita de estuprar criança de 12 anos em Carmésia
De acordo com a polícia, ele era amigo da família da vítima
Uma garota afirma que é estuprada há pelo menos um ano por um amigo de sua família em Carmésia, no Vale do Rio Doce. O suspeito, de 47 anos, vive próximo à casa da criança e foi preso nesta semana. Segundo a menina, o último abuso sexual aconteceu no sábado (18). O homem a levou para o banheiro, pediu que ela retirasse as roupas e houve a penetração. A denúncia à polícia foi feita pela mãe da vítima.
O laudo médico indicou que a menina, de 12 anos, já foi violentada. O homem foi preso e levado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Itabira, na região Central de Minas Gerais. O Conselho Tutelar acompanhou o encerramento da ocorrência.
Fonte: Jornal O Tempo
Postado por: Gracielle Torres
Um jornalista aposentado de 59 anos, que se passava por técnico e dono de um time de futebol amador para aliciar e praticar sexo com adolescentes, é investigado pela polícia. O suspeito foi preso, na madrugada de sexta-feira, enquanto promovia uma festa em um sítio no bairro Tavares, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Conforme a Polícia Militar, foram flagrados no local pelo menos nove adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos, que consumiam drogas e bebidas alcoólicas. Além do suspeito, havia outros quatro homens, com mais de 30 anos, no local. "Essa foi a terceira festa realizada no mesmo local, em menos de um mês. A única menina presente, de 17 anos, contou que já houve cenas de sexo no sítio", contou o tenente Noel Rosa.
O policial explicou que as festas tinham por objetivo atrair os adolescentes para a prática sexual. Um jovem de 17 anos teria mantido relações com o jornalista. Depois dele, um garoto de 15 anos passou a ser aliciado, com a mesma promessa de jogar em um time. "A diretora da escola onde ele estuda desconfiou de seu comportamento e falou com os pais, que acionaram a PM", acrescentou Rosa.
O jornalista teria confessado o crime. Ele foi autuado por exploração de menores.
Fonte: Jornal OTempo - Ricardo Vasconcelos - 15/05/2012
Postado por: Gracielle Torres
Pintor cria jogo para abusar de adolescentes
Segundo a polícia, quem errasse as respostas de perguntas feitas pelo suspeito era obrigado a prestar favores sexuais a ele
Um pintor de 50 anos suspeito de estuprar a própria sobrinha, de 11 anos, e outras garotas adolescentes foi preso em Juiz de Fora, na Zona da Mata, na manhã de ontem. Para atrair as vítimas, ele convidava as meninas para participarem de uma gincana, por meio de celular.
"Quem acertava as perguntas que ele enviava ganhava R$ 50 em dinheiro. Já quem perdesse deveria prestar favores sexuais ao suspeito, como fazer sexo oral com ele, conforme constatamos em mensagens encontradas no celular de uma das garotas", explicou o delegado Leonardo Bueno Procópio, da Delegacia de Proteção e Orientação à Família.
Uma menina de 12 anos, amiga da sobrinha do suspeito, foi convidada pela vítima para participar do jogo, mas estranhou o conteúdo sexual da mensagem recebida e avisou a mãe. A mulher denunciou o caso à Polícia Civil, que armou uma emboscada para o suspeito na manhã de ontem.
Casado e pai de um casal de adolescentes, o pintor foi pego em flagrante, alisando os cabelos e os braços da amiga da sobrinha. Na casa dele, a polícia encontrou material pornográfico.
Encaminhado ao Centro de Remanejamento de Segurança Prisional de Juiz de Fora, o homem deve ser indiciado por corrupção de menores e favorecimento à prostituição e à exploração sexual. A pena pode passar de 30 anos de prisão.
De acordo com o delegado, o resultado dos exames médicos feitos na sobrinha do suspeito, que pode confirmar se houve o estupro, deve ser conhecido amanhã.
Fonte: O Tempo Online- 05/07/2012
Operação contra pedofilia na internet prende 6 em MG, diz delegado da PF
Prisões foram em Abaeté, Carbonita, Ouro Fino, Uberaba e Uberlândia.
Ao todo, 12 mandados de busca e apreensão são cumpridos no estado.
A Polícia Federal (PF) informou, na tarde desta quinta-feira (28), que seis pessoas foram presas em Minas Gerais durante a operação “DirtyNet”, que combate a pornografia infantil na internet. De acordo com o delegado Jader Lucas Pinto Gomes, cinco delas foram detidas em flagrante e uma em decorrência de cumprimento de mandado de prisão preventiva. Segundo a PF, as prisões foram realizadas em Abaeté, na Região Central; Carbonita, na Região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; Ouro Fino, na Região Sul; Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Ainda segundo a polícia, no estado, além dos seis detidos, outras quatro pessoas são suspeitas de integrar a quadrilha que compartilhava arquivos de pornografia infantil na rede mundial de computadores. Uma delas está foragida.
A Polícia Federal também informou que 12 mandados de busca e apreensão são cumpridos em Minas Gerais. Além das cidades onde foram feitas as prisões, policiais realizam buscas em Itajubá, no Sul de Minas, Pedro Leopoldo e Itabira, na Região Central; Bambuí e Divinópolis, no Centro-Oeste.
Em Uberaba, onde duas pessoas foram presas, brinquedos, DVDs infantis e HDs de computadores contendo imagens de pornografia infantil foram apreendidos na casa dos suspeitos. Uma garrucha e câmeras fotográficas também foram recolhidas pela Polícia Federal.
11 estados e Distrito Federal
A Operção “DirtyNet” também é realizada na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. No fim da tarde, a Polícia Federal divulgou que 32 pessoas haviam sido presas no país.
A PF começou a monitorar a quadrilha há seis meses através de redes privadas de compartilhamento de arquivos. Os suspeitos atuavam no anomimato. Os arquivos compartilhados pela quadrilha continham cenas de adolescentes, crianças e bebês em contexto de abuso sexual.
Os policiais identificaram também na rede relatos de outros crimes contra crianças, como uma menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.
A operação surgiu após uma informação recebida em uma ação anterior realizada pela PF, a "Caverna do Dragão", em que se descobriu que um dos investigados fazia parte de uma rede de pedofilia com 160 pessoas, segundo a delegada Diana Kalazans Mann.
"São lesões corporais cometidas contra crianças no meio de fantasias sexuais macabras, inclusive com extração de pedaços, e relatos abomináveis. Do que já chegou para mim, é o que eu vi de pior", disse a delegada.
Dentre os membros do grupo, 97 eram do exterior e 63 do Brasil. Só integrava a rede quem era convidado, necessitando de aprovação, diz a delegada.
As fotos não eram vendidas, mas trocadas entre os usuários. Todas as imagens eram de crianças até 12 anos.
Os brasileiros investigados compartilhavam material de pornografia infantil com usuários da internet de outros 34 países: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Iran, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela.
Através da Interpol, a PF alertou os países envolvidos sobre o caso para continuar as investigações.
Fonte: Portal G1 - 28/06/2012
PF faz operação contra quadrilha que compartilha pornografia infantil na internet
Em Minas, são cumpridos 12 mandados de prisão, busca e apreensão Pedro Leopoldo, Carbonita, Itabira, Abaeté, Uberaba e Uberlândia, Itajubá, Ouro Fino.
A Polícia Federal faz nesta quinta-feira uma operação de combate a uma quadrilha que compartilha material de pornografia infantil pela internet. Serão cumpridos 50 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. Em Minas, a Operação DirtyNet procura alvos em Pedro Leopoldo, Carbonita, Itabira, Abaeté, Uberaba e Uberlândia, Itajubá, Ouro Fino. Ao todo, 12 ordens judiciais foram cumpridas no estado e cinco pessoas presas.
Estão na mira dos policiais suspeitos nas cidades de Porto Alegre, Esteio e Santa Maria (RS), Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá e Guaíra (PR), Fortaleza (CE), Natal (RN); Rio de Janeiro, Niterói e Nova Iguaçu (RJ), São Paulo, Santos, São José dos Campos e Piracicaba (SP), Recife (PE), Salvador (BA), São Luís do Maranhão (MA), Vitória (ES) e Brasília (DF).
As investigações para a operação começaram há seis meses. Os policiais monitoram redes privadas de compartilhamento de arquivos na internet, onde foram detectadas intensas trocas de material de cunho sexual envolvendo crianças e adolescentes.
Os integrantes da quadrilha trocavam milhares de arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual. Segundo a PF, eles aproveitavam da suposta condição de anonimato na rede, mas nunca imaginariam que estava sendo monitorados.
De acordo com a polícia, além da troca de arquivos foram identificados ainda relatos de outros crimes praticados pelos envolvidos contra crianças, inclusive com menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.
Rede internacional
Conforme mostraram as investigações, os integrantes do bando no Brasil compartilhavam material de pornografia infantil com usuários da internet em mais 34 países - Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Iran, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela.
A PF já comunicou através da Interpol os países envolvidos para que os seja dado prosseguimento às investigações a fim de identificar todos os envolvidos.
Fonte: Jornal Estado de Minas - Luana Cruz - 28/06/2012
Postado por: Gracielle Torres
Redes Sociais: ofensa deve ser removida em até 24 horas
Redes sociais: ofensa deve ser removida em até 24h
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que mensagens ofensivas publicadas em rede sociais, como Orkut e Facebook, devem ser retiradas do ar em até 24 horas após a denúncia por parte de algum internauta.
Segundo o tribunal, a retirada é preventiva e deve ser feita até a análise sobre a veracidade da denúncia. Se não retirar a mensagem, o provedor pode "responder solidariamente com o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada". A decisão afirma que o provedor poderá ainda adotar "as providências legais cabíveis contra os que abusarem da prerrogativa de denunciar".
A decisão foi tomada dentro de recurso em ação movida por internauta do Rio de Janeiro que afirmou que o Orkut levou dois meses para retirar do ar um perfil falso "que vinha denegrido" a imagem da internauta.
Fonte: Jornal O Tempo
Data: 23/06/2012
Entra em vigor lei Joanna Maranhão, que estende prazo de prescrição para estupro de criança
Pela lei, prazo correrá a partir da data em que a vítima fizer 18 anos. Ministra disse que norma atende quem não teve condição de denunciar.
Foi publicada no dia 18 de maio, Dia de Combate à Exploração Sexual Infantil, no Diário Oficial da União a lei nº 12.650, que altera as regras sobre a prescrição do crime de pedofilia e também o estupro e o atentado violento ao pudor praticados contra crianças e adolescentes. Agora, a contagem de tempo para a prescrição só vai começar na data em que a vítima fizer 18 anos, caso o Ministério Público não tenha antes aberto ação penal contra o agressor. Até então, a prescrição era calculada a partir da prática do crime.
A prescrição é a perda do direito de ação pelo decurso do tempo. Desse modo, quando ocorre a prescrição, o agressor não pode mais ser processado nem punido pelo crime que cometeu. O prazo varia conforme o tamanho da pena e pode chegar até 20 anos, por exemplo, em caso de estupro de uma pessoa com menos de 18 anos.
O projeto proposto depois da CPI da Pedofilia, iniciada em março de 2008, ficou conhecido como Lei Joanna Maranhão, em homenagem à nadadora que denunciou os abusos a que foi submetida durante a infância por um treinador.
saiba mais
Durante as atividades do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizadas na sexta-feira (18) na Câmara dos Deputados, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, enalteceu a nova lei.
"Uma menina que sofreu essa violência ainda pequena não teve a condição de dizer sobre esse sofrimento antes dos seus 18 anos", afirmou a ministra.
Segundo Rosário, a atuação dos parlamentares foi essencial para dificultar a prescrição dos crimes de violência sexual. Maria do Rosário também propôs que os crimes que afetem os direitos humanos sejam imprescritíveis.
Penas
No Brasil, o crime de estupro contra jovens de 14 a 17 anos é punido com até 12 anos de prisão. Nos casos de estupro de vulnerável, quando a vítima possui menos de 14 anos, a pena pode chegar a 15 anos de prisão.
As vítimas de estupro possuem até 20 anos após a prática dos crimes para denunciarem o agressor. Após esse prazo, o crime prescreve e o agressor não poderá mais ser punido. Para denúncias algum caso de violência sexual contra crianças ou adolescentes, o governo disponibiliza o Disque Denúncia, o Disque 100. A ligação é gratuita e não é preciso se identificar.
Fonte: Portal G1
A cada dia um menor sofre violência sexual em BH
Padrastos, pais, mães e conhecidos da família são os principais agressores, e subnotificação pode chegar a 90%
A cada dia, um menor sofre violência sexual em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), 62 crianças e adolescentes, de zero a 17 anos, foram vítimas em janeiro e fevereiro deste ano. Os criminosos são, na maioria, pessoas da família ou conhecidas, e padrastos figuram como os principais algozes. Pai, tio, avô e vizinhos aparecem na sequência. A subnotificação é grande. Especialistas afirmam que 90% dos casos não chegam ao conhecimento das autoridades.
De acordo com a Seds, nos dois primeiros meses de 2012, oito crianças de zero a 11 anos e 13 adolescentes de 12 a 17 foram vítimas de violência sexual em BH. No mesmo período, 15 menores de zero a 11 anos e 26 com idade entre 12 e 17 foram alvos de pedófilos na Região Metropolitana.
A cada dia, novos casos são denunciados. Na quarta-feira (10), mais duas crianças de 10 anos estiveram na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), no bairro Mangabeiras, Zona Sul da capital, e afirmaram terem sido abusadas sexualmente pelo instrutor de futebol Alessandro da Motta Lo Russo e pelo ex-juiz Mário José Pinto da Rocha, detidos por suspeita de pedofilia no início da semana. O primeiro foi liberado e o segundo está na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.
A promotora de Justiça Andrea Carelli, coordenadora do Centro de Apoio à Infância e Juventude, ressalta que a situação é muito mais alarmante, uma vez que apenas 10% dos crimes sexuais contra menores são denunciados.
“A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, criada na Câmara Federal, mostrou que há uma subnotificação da ordem de 90%. É um tipo de crime que ocorre no ambiente doméstico, e a violência acaba sendo omitida para que não haja fragmentação familiar”, afirma.
Andrea Carelli apresenta outras estatísticas. “Os padrastos são autores em 70% dos casos, 70% dos criminosos moram com as vítimas e 98% são homens”. Segundo ela, além do abuso sexual, configurado pelo simples toque no corpo da vítima, estupro, favorecimento à prostituição e corrupção de menores fazem parte da lista de crimes. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também classifica a divulgação de material erótico e o agenciamento de vítimas por meios como a internet.
Para a promotora, a criação de canais de denúncia e a qualificação dos conselhos tutelares facilitariam o combate ao problema. No entanto, ela afirma que a impunidade contribui para o surgimento de novos casos. “Apenas 10% dos acusados são punidos, um índice baixíssimo. As delegacias não conseguem apurar as denúncias, devido ao excesso de trabalho, e é preciso que haja provas contundentes, o que muitas vezes não aparece. As penas não são leves. Para o estupro, por exemplo, é de nove a 15 anos de prisão”.
A subsecretária de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Carmen Rocha, afirma que há uma mobilização permanente para enfrentar o problema em Minas. “O alcance é maior em datas específicas, como 18 de maio”, disse, referindo-se ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Fonte: Jornal Hoje em Dia