Gracielle Torres

Gracielle Torres

Autodidata, Timothy Doner, 16, fala fluentemente mais de 18 idiomas


Nova York. Algumas pessoas acabam aprendendo um pouco de espanhol por terem algum parente que fala a língua, ou um pouco de inglês por causa dos filmes e das músicas a que somos expostos diariamente. Timothy Doner, 16, não é como essas pessoas.

No fim de 2009, depois de estudar para seu bar mitzvah - cerimônia judaica em que o jovem é oficialmente inserido na sociedade -, ele decidiu aprender hebraico moderno. Ele continuou estudando com seu professor e, em pouco tempo, conseguia sustentar longos diálogos sobre política em Israel. Depois, ele se sentiu atraído a aprender árabe e, terminada a sétima série do ensino fundamental, frequentou um curso de férias para alunos universitários da Brigham Young University. Ele conta que demorou quatro dias para aprender o alfabeto árabe e uma semana para conseguir ler fluentemente.

Em seguida, Timothy mergulhou no russo, no italiano, no persa, no swahili, no indonésio e no hindi. Dominou com a mesma facilidade idiomas complexos como o holandês, o croata, o turco e o alemão e ainda debruçou-se sobre outros menos conhecidos, como o ojibwe, o pashto, o hausa, o curdo e o yiddish.

Aprendeu sozinho a maior parte das gramáticas de cada língua, estudando em livros ou em aplicativos de seu iPhone. Além de tudo isso, teve estudos mais formais de francês, latim e mandarim na Escola Dalton, em Nova York, onde ele cursa o segundo ano do ensino médio.

Há cerca de um ano, o adolescente postou na internet um vídeo dele falando árabe, com legendas em inglês. Ele recebeu algumas respostas entusiasmadas, o que o fez postar vídeos em outras línguas.

A cada nova publicação, ele foi visto por mais gente, até ter mais de 10 mil visualizações em apenas dois dias, quando postou um vídeo seu falando o idoma afegão pashto, em dezembro do ano passado.

De repente, Timothy tinha pessoas com quem podia conversar em todos os idiomas que falava. Não eram somente falantes nativos de cada língua, mas também outros amantes de idiomas como ele - uma pequena comunidade de "nerds linguísticos" que só foi possível ser formada por meio da internet.

Tribo neural. O linguista Michael Erard descreve esses autodidatas como uma "tribo neural" que se junta não por uma língua em comum, mas justamente por uma "promiscuidade linguística". Como a dominância do inglês tornou possível navegar mais pelo mundo com somente uma língua, esses hiperpoliglotas - pessoas que falam diversas línguas - não estão mais isolados em sua paixão por aprender uma dúzia de idiomas ou mais.

Timothy se inspirou no hiperpoliglota inglês Richard Simcott, que fala 16 línguas sucessivamente em um vídeo que postou na internet. Ele também entrou em contato com o norte-americano Moses McCormick, pertencente à mesma tribo. "Quando Moses me enviou um e-mail, eu achei a coisa mais legal do mundo! Esse cara fala 50 línguas em seu vídeo. Foi como falar com uma celebridade", comemora.

Já McCormick reporta que a resposta mais comum que recebia dos seus conhecidos que não pertenciam à tribo era a incompreensão. "Tantas pessoas me dizem que sou louco", lamenta.

 



Fonte: Jornal OTempo

Postado por: Gracielle Torres

Seg, 12 de Novembro de 2012 07:48

Miniadultas e sensuais

Crianças, principalmente meninas, são expostas à mídia e às exigências do capitalismo e têm sua sexualidade despertada desde cedo.

Uma linda garotinha de 4 anos, com seus fartos e armados cabelos louros, aparece diante às câmeras com uma roupa sexy de couro e, segurando na sua pequenina boca um cigarro, faz uma pose sensual de Olivia Newton John em Grease. No mesmo palco, outra menininha desfila, ao som de Pretty Womam, sobre um par de botas que ultrapassa o joelho e termina numa minissaia provocante que Júlia Roberts usara em seu papel de prostituta. Esses são exemplos da bizarrice que se tem visto no programa de TV britânico Toddlers & Tiaras, no qual meninas pequenas são transformadas em verdadeiras mulheres formadas e - o mais importante para os jurados que ali avaliam quem é mais maliciosa - provocantes.


Maysa, a garota prodígio-apresentadora-cantora-atriz, também quer – ou é pressionada a - ser adulta, mas ao menos é dada ênfase em seus potenciais múltiplos talentos e não em seu apelo sexual, a despeito das conseqüências negativas que podem haver neste caso, como o peso da fama e falta de tempo para brincar. O problema aqui tratado é quando as crianças justamente têm o próprio corpo e percepções sensualizados, em detrimento de outras características.

Tais garotas são o arquétipo perfeito de um processo a que normalmente se denomina sexualização precoce. Meninos e meninas de até 12 anos estariam cada vez mais expostos a um movimento ou uma pressão para se tornarem miniadultos. A psicóloga Mariana Chalfon afirma que um conjunto de fatores contribuem para a antecipação das percepções sexuais da criança. Um deles é atribuído ao apelo do consumo, já que o mercado, em sua saturação, teria necessidade de diversificar-se e procurar por públicos cada vez mais segmentados, até alcançarem as crianças. Exemplos disso são os sapatos de salto para meninas, modelos de roupas iguais para mãe e filha. Outro fator citado é o apelo criado pela mídia. “Existe uma superexposição da criança aos conteúdos relativos à sexualidade de uma maneira indiscriminada, por meio das músicas "baixaria" e dos programas televisivos. Ainda que na programação da TV apareça a classificação etária, os pais muitas vezes permitem que a criança tenha acesso”, afirmou Mariana.

O psicólogo Wanderson Conceição também atribui ao capitalismo a precocidade sexual. Para ele, se antigamente as crianças de repente eram vistas como adultos e deveriam ser tratadas como tal, já que não existia o conceito de adolescência - e o exemplo perfeito disso seria a Maysa -, hoje a lógica do consumo parece novamente minguar a transição entre as faixas etárias, mas dessa vez sob o chamariz direto da sensualidade demandado pelo mercado – cujos exemplos extremos seriam as mini Olivia e Julia Roberts.

Como conseqüências do processo de sexualização precoce, elas podem estar relacionadas aos distúrbios típicos da adolescência, como depressão, ansiedade, bulimia e complexos. No entanto, os psicólogos lembram que eles são determinados também por diversos outros fatores sociais, como a necessidade extrema de eficiência, de aceleração constante e de superação dos limites e o hedonismo. E, uma vez não atendidas essas expectativas, e outras da ordem da sexualidade, o indivíduo pode se sentir frustrado. E muito mais ainda, quando ele é pressionado desde criança.

 

Fonte: Portal Uai

Postado por : Gracielle Torres

Segundo a pesquisa, o controle das contas por pais de meninos com idade entre 13 e 17 anos pode ser até 50% maior do que a fiscalização das meninas


Um estudo realizado pela empresa de soluções de antivírus Bitdefender, com aproximadamente 1600 pessoas, mostrou que os pais supervisionam mais os meninos do que as meninas no Facebook.

Segundo a pesquisa,  realizada durante três meses, o controle das contas do FB feito por pais de meninos com idade entre 13 e 17 anos pode ser até 50% maior do que a fiscalização das contas de meninas na mesma faixa etária. Os dados mostram que há um aumento da taxa de  controle durante a temporada de volta às aulas: em setembro, as  chances de supervisão de contas no Facebook dos meninos foi 60% maior que as das meninas.

De acordo com a Bitdefender, monitorar o Facebook com algum programa próprio para isso ajuda os pais a vigiar as contas das redes  sociais com o consentimento de seus filhos, sem ser necessário  controlar suas listas de amigos. Além disso, também lhes permite receber relatórios  detalhados sobre comentários, posts, fotos ou interesses dos adolescentes.

As conclusões apresentadas nesta foram baseadas no estudo  realizado entre os dias 15 de junho e 30 de setembro de 2012.

 

Fonte: IDG Now

Postado por : Gracielle Torres

Qui, 08 de Novembro de 2012 15:04

Agressividade nas redes sociais

Quem nunca recebeu respostas ou comentários ásperos em relação à conteúdos postados na internet?

Ocorre com frequência pessoas se manifestarem de uma maneira exagerada nas redes sociais. Acredito que um dos fatores de maior contribuição para isso, seja o fato de que a pessoa não tem que lidar com a situação como no tchê à tchê.

Não diferente de qualquer outro tipo de contato, a base de uma relação é o respeito, mesmo sendo nas redes sociais. É claro que tendemos a nos relacionar com outras pessoas pelas semelhanças, ou seja, interesses, assuntos, ideais e opiniões semelhantes.

Somos seres humanos, sentimos, e por isso, ao ler determinado assunto, ver determinada imagem, temos o reflexo desse contato dentro de nós, proporcionando emoções e sentimentos que nos levam ao raciocínio e ao fechamento de uma ideia sobre. Considerando dessa forma, toda nossa manifestação para com o outro em uma rede social, nada mais é do que um reflexo de nós mesmos. Se sentir ofendido por alguma publicação, ou ficar nervoso por algum comentário, significa que aquele conteúdo trouxe outro interno seu, subjetivo, dentro da sua realidade, de seu campo, que o fez reagir de forma hostil, seja por discordar, ou por não aceitar de uma outra maneira.

São inúmeros os fatores que podem levar a pessoa à esse comportamento de sabotagem ao próximo em redes sociais, tais como:

- Inveja;
- Não aceitação de reconhecimento ao próximo;
- Busca por superioridade;
- Complexo de inferioridade com manifestação contrária;
- Busca por aceitação;
- Controle;
- Rigidez;
- Necessidade de ser visto, ser popular;
- Necessidade de ser aceito dentro dos padrões estabelecidos pela maioria do seu grupo, seu amigos, seu círculos, seguidores, etc...
- Medo de perder espaço para o novo;
- Medo de perder espaço para o outro;
- Insegurança por poder estar errado;
- Insegurança por desconhecer o assunto;
- Vergonha de ser leigo sobre algo;
- Prazer patológico em sabotar o outro como forma de prazer e satisfação;

Como já disse acima e gostaria de ressaltar, não existe uma receita para a boa utilização das redes sociais. Somos livres, usamos, postamos e compartilhamos o que quisermos. Por outro lado, existe sim uma receita para uma boa relação nessas redes, e essa chama-se respeito. Simples assim.

Devemos sempre lembrar, que qualquer rede social popular possui inúmeras configurações, ou seja, você mantem em seus contatos as pessoas e os conteúdos que quer. É você quem escolhe com e como gasta seu tempo. Se algo não lhe agrada, você tem todo o direito e liberdade de não manter contato com, caso não tenha vontade ou interesse de debater e estar disposto a aprender algo novo sobre.

Para os que se preocupam demasiadamente em serem agressivos com os outros, aqui vai uma dica, somos humanos, e não máquinas, nossa subjetividade é expressa pelas entrelinhas, mesmo que essa seja feita através da internet, sem o uso da linguagem corporal. Talvez seja possível nos escondermos de nós mesmos durante algum período de tempo, mas não temos como nos esconder do mundo.

Se eu pudesse dar uma sugestão em relação ao uso das redes sociais, seria, seja você mesmo. Use para a vida pessoal, para a vida profissional, ou faça como quiser. Converse com quem quiser, sinta prazer no que faz e aprenda com isso. Agora se o seu prazer está em sentir raiva e questionar tudo o que vê, tenho uma notícia para lhe dar, talvez você precise de ajuda profissional.

O mundo tem uma infinidade de possibilidades para obtermos prazeres de formas construtivas e saudáveis. Saiba traçar o seu caminho de uma maneira adequada. A vida foi feita para ser vivida.

 

Texto de autoria de  Júlio Furlaneto, psicólogo, disponível em seu blog.

Postado por : Gracielle Torres

Provocações e ameaças nas páginas do Facebook criaram uma rixa entre dois adolescentes de 15 e 16 anos que acabou com um deles esfaqueado, anteontem, na porta da escola onde ambos estudam, na cidade de Presidente Olegário, na região do Alto Paranaíba. Segundo a Polícia Civil, o pivô da briga seria uma menina de 15 anos, suposta namorada de um dos menores. O estudante mais novo foi ferido com três golpes, precisou ser socorrido, mas não corre o risco de morrer.

O ataque aconteceu em uma praça, em frente à Escola Estadual Padre José André Caldeira Coimbra, pouco depois do encerramento das aulas do turno da manhã. A confusão que, segundo testemunhas informaram à Polícia Militar (PM), teria começado dentro da escola, terminou quando o adolescente de 16 anos encontrou o rival na rua, com outros colegas de sala.

Os dois jovens teriam retomado a discussão, o suspeito tirou uma faca da mochila e atacou a vítima com três golpes: no rosto, no ombro e no braço.

O estudante ferido foi socorrido pela diretora e por funcionários da escola, e levado para o Hospital Municipal de Presidente Olegário, onde recebeu atendimento médico e foi liberado poucas horas depois.

Buscas. Depois da briga, o adolescente que esfaqueou o colega de escola fugiu com a ajuda de dois amigos, ambos de 17 anos, e não foi encontrado pelos policiais militares que registraram a ocorrência.

Os dois jovens que ajudaram na fuga do suspeito foram identificados, mas não informaram o paradeiro do adolescente. "Ainda fizemos contato com familiares do suspeito, que acompanharam o registro da ocorrência, mas eles também não souberam informar o paradeiro do rapaz", contou o cabo Altair Lourenço Carvalho.

O adolescente só foi encontrado na manhã de ontem, quando policiais civis foram à casa dele e o encontraram no local. A Polícia Militar informou que o jovem mora na zona rural do município, a cerca de 2 km do centro de Presidente Olegário, e que, provavelmente, teria se escondido próximo de casa. Ele foi apreendido e levado, na companhia do pai, para a Delegacia do município, onde prestou esclarecimentos sobre a briga e foi liberado em seguida.

Menor vai responder por lesão corporal


Na delegacia, o estudante suspeito de promover o ataque que terminou com o colega de escola ferido alegou que levou a faca para a instituição porque já havia sido ameaçado anteriormente pelo rival. "Ele disse que pôs a faca na mochila para se defender do outro adolescente com o qual havia trocado ofensas e ameaças no Facebook", disse o delegado Tales Gontijo.

O motivo do desentendimento entre os dois jovens também foi explicado pelo agressor, durante o depoimento. O estudante de 16 anos disse que a briga teria sido motivada por uma jovem de 15 anos, com quem um deles tinha um relacionamento. "Um já namorou ou namora a adolescente e parece que o outro estava interessado nela", relatou o delegado.

A Polícia Civil informou que o suspeito foi ouvido e liberado, mas deve responder por lesão corporal, já que, de acordo com Gontijo, "nenhum dos golpes chegou a gerar risco de morte". Um boletim de ocorrência foi elaborado e vai ser encaminhado para a Justiça, para que o adolescente responda pelo ato infracional. Ele não ficará detido.

Fonte: Jornal O Tempo

Postado por : Gracielle Torres

PARTE 3



Luciene Tognetta, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que por volta dos 10 ou 12 anos a criança passa a buscar, no convívio social, referências diferentes das que sempre recebeu em casa, dando continuidade ao processo de construção de sua personalidade. "Essa é a época de aprender a lidar com a própria imagem. Se essa criança se conhece e gosta de como é, consegue manifestar sentimentos e pensamentos de maneira equilibrada. Do contrário, pode sentir prazer em menosprezar o outro para se afirmar."

Logo em seguida, juntamente com a entrada na adolescência, vem a necessidade de pertencer a um grupo. Nesse momento, basta sair um pouco do padrão (alto, baixo, gordo, magro) para ser provocado. Foi o que aconteceu com Aline, 14 anos. Ela recebia mensagens de uma colega falando que estava gorda. A agressora, que a ameaçava e a proibia de contar sobre essas conversas, mandava também dietas e dizia que, caso não perdesse peso, iria apanhar. A professora das duas lembra: "Ela fez de tudo para agradar à colega e seguiu as indicações porque sentia medo. A escola e os pais só desconfiaram que havia algo de errado porque perceberam uma mudança repentina no comportamento da vítima".

Algumas escolas já estão cientes de que é preciso um acompanhamento permanente para afastar as agressões do cotidiano. A EM Fernando Tude de Souza, no Rio de Janeiro, por exemplo, atacou o problema com atividades que buscam garantir o bom relacionamento entre os estudantes. "Reuniões conjuntas com pais e alunos e um olhar atento ao comportamento dos jovens dentro e fora de sala de aula precisam entrar no planejamento", afirma a coordenadora pedagógica Tânia Maselli Saldanha Leite (leia no quadro abaixo as principais ações que toda escola pode adotar, tanto para prevenir o problema como para combatê-lo, quando o caso já se tornou público).

 


Prevenção e solução nas mãos da escola

De acordo com os especialistas, a escola precisa encarar com seriedade as agressões entre os alunos. O cyberbullying não pode ser visto como uma brincadeira de criança. A busca pela solução ou pela prevenção inclui reunir todos - equipe pedagógica, pais e alunos que estão ou não envolvidos diretamente - e garantir que tomem consciência de que existe um problema e não se pode ficar omisso. Veja, a seguir, ações ao alcance das escolas.


- Como prevenir
Ensinar a olhar para o outro Criar relacionamentos saudáveis, em que os colegas tolerem as diferenças e tenham senso de proteção coletiva e lealdade. É preciso desenvolver no grupo a capacidade de se preocupar com o outro, construindo uma imagem positiva de si e de quem está no entorno.

Deixar a turma falar Num ambiente equilibrado, o professor forma vínculos estreitos com os estudantes, que mostram o que os deixa descontentes e são, de fato, reconhecidos quando estão sofrendo - o que é diferente de achar que não há motivo para se chatear.

Dar o exemplo Se a equipe da escola age com violência e autoritarismo, os jovens aprendem que gritos e indiferença são formas normais de enfrentar insatisfações. Os professores sempre são modelo (para o bem e para o mal).

Mostrar os limites É essencial estabelecer normas e justificar por que devem ser seguidas. Às vezes, por medo de ser rígidos demais, os educadores deixam os adolescentes soltos. Mas eles nem sempre sabem o que é melhor fazer e precisam de um norte.

Alertar para os riscos da tecnologia O aluno deve estar ciente da necessidade de limitar a divulgação de dados pessoais nos sites de relacionamento, o tempo de uso do computador e os conteúdos acessados. Quanto menos exposição da intimidade e menor o número de relações virtuais, mais seguro ele estará.

Ficar atento Com um trabalho de conscientização constante, os casos se resolvem antes de estourar. Reuniões com pais e encontros com grupos de alunos ajudam a evitar que o problema se instale.

 

- Como resolver
Reconhecer os sinais Identificar as mudanças no comportamento dos alunos ajuda a identificar casos de cyberbullying. É comum as vítimas se queixarem de dores e de falta de vontade de ir à escola.

Fazer um diagnóstico Uma boa saída é realizar uma sondagem, aplicando questionários para verificar como os alunos se relacionam - sem que sejam identificados. As informações servem de base para discussões sobre como melhorar o quadro. Quando os alunos leem, compartilham histórias e refletem sobre elas, ficam mais comprometidos.

Falar com os envolvidos Identificados os indícios, é hora de conversar com a vítima e o agressor em particular - para que não sejam expostos. A escola não pode legitimar a atuação do agressor nem puni-lo com sanções não relacionadas ao mal que causou, como proibi-lo de frequentar o intervalo. Se xingou um colega nos sites de relacionamento, precisa retirar o que disse no mesmo meio para que a retratação seja pública. A vítima precisa estar fortalecida e segura de que não será mais prejudicada. Ao mesmo tempo, o foco deve se voltar para a recuperação de valores essenciais, como o respeito.

Encaminhar os casos a outras instâncias Nas situações mais extremas, é possível levar o problema a delegacias especializadas em crimes digitais. Para que os e-mails com ameaças possam ser tomados como prova, eles devem ser impressos, mas é essencial que também sejam guardados no computador para que a origem das mensagens seja rastreada. Nos sites de relacionamento, existe uma opção de denúncia de conteúdos impróprios em suas páginas e, em certos casos, o conteúdo agressivo é tirado do ar.

 

Fonte: Nova Escola

Postado por : Gracielle Torres

Internet deixa de ser vilã e vira companheira na hora de se preparar para o Enem. Aplicativo criado na capital já é febre no país e está sendo usado por professores de quatro colégios


A preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ganhou aliados poderosos e supermodernos. Consideradas vilãs dos estudos por tirar a atenção dos alunos, as redes sociais e as ferramentas da internet assumem outro papel e, ao lado de livros e cadernos, se tornaram companheiras fiéis dos candidatos a uma vaga na universidade. Jogos, videoaulas e blogs se consolidam como novos espaços para resolver questões e tirar dúvidas de uma das principais avaliações da educação brasileira. Em tradicionais colégios de Belo Horizonte, a sensação do momento são os desafios propostos por uma página de relacionamento: ganha quem acertar mais questões, todas retiradas de edições anteriores do Enem e de provas dos principais vestibulares do Brasil.

No ar desde 10 de agosto, o Appprova é gratuito e já tem mais de 10 mil jogadores e 35 mil fãs de todo o país. São 9 mil questões classificadas em fácil, média e difícil. O jogador ganha pontos pelo nível de dificuldade e 10 extras se conseguir responder cada item em menos de três minutos – tempo indicado para fazer cada questão do Enem. Se responder errado, o aluno perde pontos, mas ganha uma lição: uma mensagem informa qual é a questão correta e ainda explica o porquê. Além disso, sugere quais matérias o candidato deve estudar para responder aquele tipo de questão corretamente.

E não adianta trapacear. Assim como no exame nacional, o chute não é bem vindo. O sistema reconhece a tentativa de marcar uma alternativa só para pular de questão. Além de não avançar, ele pede ao estudante para ler o enunciado e todas as alternativas. É brincadeira séria, com direito a ranking, medalhas e a chamar os amigos para serem desafiados.

A novidade está sendo usada em quatro escolas da capital – Magnum, Santo Antônio, Loyola e Santo Agostinho – e no ano que vem deve ser apresentada a instituições do interior de Minas. Professor de história do Colégio Santo Antônio, Rafael Luiz Assis Santos diz que a ideia surgiu a partir da observação de que o mundo está cada vez mais digital e as redes sociais se tornaram parte do cotidiano.

Pesquisa de uma rede de relacionamentos mostra que jovens da faixa etária entre 15 e 25 anos passam em média uma hora e 23 minutos em frente ao computador. “A escola está ficando para trás nesse aparato tecnológico, nessa comunicação com o jovem”, ressalta. “Quando eu estava no 3º ano tinha um mundo de apostilas e exercícios de múltipla escolha para o vestibular. Queremos tornar esse ato de se preparar para os processos de seleção menos chato. O aluno está na rede social brincando, falando com os amigos e tem que parar o lazer para fazer o exercício no papel. Então, por que não pegar esse treinamento e levar para a rede social, de modo que o aluno não tenha que parar de fazer o que ele gosta, que é usar o computador?”, questiona Santos. No entanto, o professor ressalta: “Isso não acaba com a importância do estudo em casa. Queremos apenas melhorar o ato de treinar para vestibular, tornando-o mais prazeroso”.

QUEM JOGA Aluno do 3º ano do Santo Antônio, João Vítor da Cunha Mello, de 18 anos, diz que começou a navegar no site por influência do professor. “É muito interativo e bem mais dinâmico. E como o exercício mostra se acertou e o que errou, fica mais fácil entender”, diz. Candidato a uma vaga em engenharia elétrica, ele afirma que entre a garotada a novidade se espalhou. No grupo de amigos de João Vítor, foi lançado o desafio de quem faz mais pontos e responde mais questões. “Já acertei bastante e, pelo tanto que aprendi com o aplicativo, sem dúvida tirarei uma nota melhor no Enem do que se não estivesse estudando por ele”, relata.

Para o candidato a uma vaga em engenharia de controle e automação Salomão Emanuel Falci, de 18, do 3º ano do Colégio Magnum, o Appprova é muito válido para testar os conhecimentos. “Creio que é muito mais fácil assimilar os estudos quando já somos apegados a determinado método. Somos acostumados ao computador e vincular o estudo com a internet facilita”, diz. “São questões bem selecionadas e desperta a curiosidade dos alunos para as matérias. E não é algo obrigatório do colégio. Tem que partir do aluno”, completa.

Um dos idealizadores da iniciativa, Matheus Goyas, diz que o tamanho da comunidade é um bom termômetro para o candidato testar seu nível de preparação. “Se me coloco entre 35 mil alunos e vou bem, terei uma noção de como posso me sair no Enem”, afirma. “O jogo é social. O aluno joga com amigos e isso faz bem para o adolescente, que vive num mundo competitivo. É uma brincadeira, mas se preparando para algo sério.”



Fonte: Jornal Estado de Minas

Postado por : Gracielle Torres

PARTE 2

Quando se trata de bullying e cyberbullying, é comum pensar que há apenas dois envolvidos: a vítima e o agressor. Mas os especialistas alertam para um terceiro personagem fundamental: o espectador. Veja a seguir o que caracteriza a ação de cada um deles nos casos de violência entre os jovens.

Vítima
Costuma ser tímida ou pouco sociável e foge do padrão do restante da turma pela aparência física (raça, altura, peso), pelo comportamento (melhor desempenho na escola) ou ainda pela religião. Geralmente, é insegura e, quando agredida, fica retraída e sofre, o que a torna um alvo ainda mais fácil. Segundo pesquisa da ONG Plan, a maior parte das vítimas - 69% delas - tem entre 12 e 14 anos. Ana Beatriz Barbosa Silva, médica e autora do livro Bullying: Mentes Perigosas na Escola, cita algumas das doenças identificadas como o resultado desses relacionamentos conflituosos (e que também aparecem devido a tendências pessoais), como angústia, ataques de ansiedade, transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, além de fobia escolar e problemas de socialização. A situação pode, inclusive, levar ao suicídio. Adolescentes que foram agredidos correm o risco de se tornar adultos ansiosos, depressivos ou violentos, reproduzindo em seus relacionamentos sociais aqueles vividos no ambiente escolar. Alguns também se sentem incapazes de se livrar do cyberbullying. Por serem calados ou sensíveis, têm medo de se manifestar ou não encontram força suficiente para isso. Outros até concordam com a agressão, de acordo com Luciene Tognetta. O discurso deles vai no seguinte sentido: "Se sou gorda, por que vou dizer o contrário?" Aqueles que conseguem reagir alternam momentos de ansiedade e agressividade. Para mostrar que não é covarde ou quando percebe que seus agressores ficaram impunes, a vítima pode escolher outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo.

Agressor
Atinge o colega com repetidas humilhações ou depreciações porque quer ser mais popular, se sentir poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, se sente satisfeito com a reação do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima. O anonimato possibilitado pelo cyberbullying favorece a sua ação. Usa o computador sem ser submetido a julgamento por não estar exposto aos demais. Normalmente, mantém esse comportamento por longos períodos e, muitas vezes, quando adulto, continua depreciando outros para chamar a atenção. "O agressor, assim como a vítima, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos ou formar novos", explica Luciene.

Espectador
Nem sempre reconhecido como personagem atuante em uma agressão, é fundamental para a continuidade do conflito. O espectador típico é uma testemunha dos fatos: não sai em defesa da vítima nem se junta aos agressores. Quando recebe uma mensagem, não repassa. Essa atitude passiva ocorre por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido. "O espectador pode ter senso de justiça, mas não indignação suficiente para assumir uma posição clara", diz Luciene. Também considerados espectadores, há os que atuam como uma plateia ativa ou uma torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo. Eles retransmitem imagens ou fofocas, tornando-se coautores ou corresponsáveis.


Fonte: Nova Escola

Postado por : Gracielle Torres

A utilização de computadores e videogames é cada vez maior e as crianças estão se dedicando cada vez mais precocemente a estas atividades. Segundo estudos brasileiros, crianças de três e quatro anos já brincam com computadores e videogames diariamente, ao menos por mais de uma hora consecutiva. Não há dúvidas de que a utilização de computadores e videogames trazem benefícios como o desenvolvimento de habilidades psicomotoras, estímulo e facilitação de pesquisas, acesso a atividades lúdico-pedagógicas e promoção da auto-estima, entre outros. No entanto, também há aspectos negativos, que preocupam muito os reumatologistas. “Cada vez são mais comuns casos que associam o uso intenso de videogames e computadores a manifestações musculoesqueléticas, como dedo em gatilho, tendinites, entre outros”, alerta o médico reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – Dr. Eduardo Sadigurschi.

O médico do CREB reconhece que é muito difícil tirar as crianças da frente de um monitor ou de um televisor, mas afirma que os pais devem limitar o tempo da atividade. Segundo o Dr. Eduardo, é preciso estar atento à postura da criança. “A ergonomia adequada está relacionada à postura e ao mobiliário utilizado para estas atividades. Crianças e adolescentes devem se sentar em cadeiras auto-ajustáveis para a altura, com as costas e pés apoiados e de modo a manter os olhos na altura e de frente para o monitor, com distância de 30 a 40 cm do usuário. O braço e o antebraço devem manter angulação de 90 graus, com alinhamento e apoio do antebraço, punho e dedos, de modo a evitar a angulação com o teclado”, explica ele.

Organizações na área de saúde recomendam que as crianças e adolescentes não passem mais de 2 horas diárias entretidos com o computador ou videogame. “A cada hora dedicada a estas atividades, é importante que a criança dê uma pausa para relaxar e se alongar. Entre crianças menores isso é fácil, pois elas param para comer, ir ao banheiro ou mesmo para ir até um adulto contar o resultado do seu jogo. Já com os adolescentes é preciso firmar um compromisso, pois se deixar eles ficam diante do computador ou do videogame por horas e horas”, acrescenta o médico do CREB.

- Obviamente que reconhecemos que o uso do computador e do videogame é, para as crianças e adolescentes, algo muito divertido. E tem seus benefícios. Mas é preciso controlar o tempo dedicado a estes jogos e, o mais importante, nunca deixar de praticar atividades físicas regulares. E se a criança passa muito tempo diante da tela e, depois, se queixa regularmente de dores nas costas, por exemplo, é preciso levá-la para uma avaliação médica. É muito importante ter consciência disso – finaliza o Dr. Eduardo Sadigurschi.

Fonte: CREB

Postado por : Gracielle Torres

Ter, 25 de Setembro de 2012 13:46

Cyberbullying: a violência virtual - Parte 1

Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender.


Parte 1

Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas "imperfeições" - e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como "intimidar" ou "amedrontar"). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo.

Nesta reportagem, você vai entender os três motivos que tornam o cyberbullying ainda mais cruel que o bullying tradicional.

- No espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo.

- Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular - e muitas vezes se expõem mais do que devem.

- A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s) agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência.


Raissa*, 13 anos, conta que colegas de classe criaram uma comunidade no Orkut (rede social criada para compartilhar gostos e experiências com outras pessoas) em que comparam fotos suas com as de mulheres feias. Tudo por causa de seu corte de cabelo. "Eu me senti horrorosa e rezei para que meu cabelo crescesse depressa."

Esse exemplo mostra como a tecnologia permite que a agressão se repita indefinidamente (veja as ilustrações ao longo da reportagem). A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem a vítima. "O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público", destaca Aramis Lopes, especialista em bullying e cyberbullying e presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Ele chama a atenção para o fato de que há sempre três personagens fundamentais nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e a plateia. Além disso, de acordo com Cléo Fante, especialista em violência escolar, muitos efeitos são semelhantes para quem ataca e é atacado: déficit de atenção, falta de concentração e desmotivação para os estudos.

Esse tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Na comparação com o bullying tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro. Agora, com sua intimidade invadida, todos podem ver os xingamentos e não existe fim de semana ou férias. "O espaço do medo é ilimitado", diz Maria Tereza Maldonado, psicoterapeuta e autora de A Face Oculta, que discute as implicações desse tipo de violência. Pesquisa feita este ano pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.

 

Fonte: Nova Escola

Postado por : Gracielle Torres

<< Início < Anterior 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Próximo > Fim >>
Página 7 de 13